domingo, 28 de março de 2010

não sei fugir.

Eu ainda não aprendi a fugir, não sei como posso correr da duvida, da incerteza ou de qualquer outro motivo que me leve a pensar em você. Eu não sei como fugir da paixão, não sei como posso deixar pela metade essa nossa história, eu não posso simplesmente descrer e deixar de pensar que pode valer a pena. Eu não sei como se faz isso, eu não sei como não ser contraditória, não sei como se foge de algo que pode dar errado, pra mim sempre é arriscar. Eu poderia estar tão longe de você nesse instante, se eu realmente pudesse deixar de sentir, mas eu não posso ouvir minha consciência me avisando que é errado, pois estou prestes a ouvir meu coração. Eu sei que isso é temporário em partes, mas hoje eu não vejo nada em que eu possa me segurar, porque eu estou me vendo naquele buraco negro cheio da minha própria solidão. E eu me sinto tão cansada de tentar aprender, estou cansada de dizer a mim mesma que não vai ser como antes, que eu não irei me apaixonar e que eu não vou ser iludida como antigamente, mas olha ontem eu estou agora? Olha como eu sou insignificante e como isso é inconseqüente. Eu já fingi tanto, já corri tanto, já escondi tanto de mim mesma, que agora quando eu realmente sei toda a verdade sobre mim, tento buscar a minha marcara que eu destruí. Eu só vou tentar não pensar em como você deixou isso tão confuso, eu só vou tentar trazer de volta aquelas minhas barreiras intocáveis que você derrubou, eu só vou tentar fazer de conta que nada vai acontecer e que isso vai mudar, porque vai mudar, precisa mudar, tem que mudar. Eu só preciso fugir, mas eu não sei como se faz isso.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Agora eu vejo o meu progresso.

Tantas lágrimas não foram em vão, tantos conselhos não foram ditos para entrar por um ouvido e sair por outro, e tentar desligar meu coração não foi uma má idéia. Tanto tempo esperei ser o que eu sou, quantas vezes eu tive que ver o meu fim, pra perceber que só era apenas mais um começo, e só depois de muitos lamentos eu vejo, que esses motivos me fizeram maiores. Maiores que meus problemas doentios, em quais os dramas são sempre bem vindos. E eu sou isso, sou minhas barreiras, meus ouvidos tampados, meu coração calado. Sou só eu, tentando não ser eu mesma, tentando ser alguém forte o bastante pra não ter que virar pó a cada meio segundo que minha vida segue. Muitas mudanças em mim foram tomadas por conseqüências das quais ao lembrar feridas sangram. Eu tive que mudar minha visão do mundo, pra jardim com flores, para um cemitério de cicatrizes. E é tão irônica estar colocando uma letra atrás da outra e sentir que é apenas um monte de bobagens. Os meus desabafos estão limitados, minha mente não é mais castelos de areias destruídos, são só erros. Os meus sussurros não são frenéticos, meus textos não têm inspiração e eu não chora tanto quanto antes. Eu achei que jamais estaria preparada. Mas acho que agora eu tenho as armas certas para enfrentar minhas dores. Eu acho que talvez eu tenha evoluído.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Tantas vezes eu dormi vazia e me enchi de você por tantos respiros frenéticos, contidos num espaço de segundo, na etapa curta do sono em que os sonhos acontecem e nada é tão grande que consiga separar a minha boca da sua, a nossa verdade da frieza simétrica do mundo. Tantas outras eu dormi cheia de esperanças e acordei com azia da vida por ter me empanturrado de sonhos e por não terem inventado ainda sal de frutas contra realidade. Mas você continua em mim. Eu posso desligar o computador, posso quebrar a televisão, nunca mais ler jornal, fechar os olhos, apertar os punhos, tapar os ouvidos, encher minha boca de tantas outras palavras, de tantos outros cantos que não falem de você. Mas não, nada adianta. Não te cantar não significa não te escrever nas minhas entrelinhas, tapar os ouvidos não significa não te ecoar o tempo todo dentro de mim, no escuro do que é ser eu. murros ao vento não impedem a dor, olhos fechados também conseguem chorar sua ausência. jornal, internet, televisão, fax, rádio, código Morse, sinal de fumaça... como se a nossa sintonia dependesse, mesmo, disso. É como naquele clipe do Foo Foghters: todas as certezas da minha vida bem na minha frente, depois da parede de vidro. Incontável o quanto eu prometi a mim mesma não te sofrer, não te lutar, não te falar à quatro ventos pra não te gastar em palavras. Mas você continua latente bem na minha frente, todos os dias, todos os minutos, em cada suspiro de alegria, tristeza ou vazio que saia de mim. Todas as manifestações de vida, na minha, são você. Toda a vida que eu guardei e gastei em porções mínimas, sobraram pra durar você. Eu que não sei de tantas coisas, continuo crente no que, pros outros, parece incerto. Eu que sempre fui tão imediata e fugaz, sento agora no cantinho mais confortável de mim, sem aquele desespero do começo, pra esperar você. Eu sei que você vem.

Créditos: Cinthia evelyn.

domingo, 14 de março de 2010

fugir não da mais.

- Deixar os meus ouvidos ouvir meu coração? E como é que eu posso lidar com solidão, depois?

Fechar a porta não vai bastar, desligar a musica não vai funcionar, bloquear ele no MSN não vai adiantar, porque ele ainda vai estar na minha mente em recordações, desfrutando do desconforto de ser uma ilusão. E como é que paixão pega mais rápido que gripe? Eu tentei não ouvir você, tentei não levar a sério, e talvez eu não tenha levado. Eu tentei deixar isso menos envolvente por segurança, e agora vejo que esforço algum teve, eu estou apaixonada. Mas parece que isso não faz diferença pra você. Todo o esforço que tive foi pouco, todas as vezes que eu fechei meus ouvindo e fingi não te ouvir foram em vão, porque só agora quando eu estou longe de você, sinto saudades o suficiente pra provar que gosto mais do que devo. É injusto, é insensato e eu não posso levar a sério, porque eu não quero te amar desse jeito, mas não quero deixar de fixar meus olhos em você. Ta difícil controlar esses sentimentos, e talvez amanhã isso mude, mas esse romance já me roubou muitas horas de sono.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Descobrir.

Sempre tentei encontrar segurança no amor, mas hoje o que me fortaleceu foi solidão. Talvez eu tenha sido injusta quando disse ter perdido fé no amor, talvez as minhas experiências não tenham me trazido boas conseqüências, talvez meu coração tenha se deixado vencer, e talvez a única coisa que ele procurava era bater, por algo que o fizesse pulsar, mas do que o normal. Quando eu pensava no amor sempre imaginava como se pudéssemos flutuar, como se perdêssemos em sonhos, como se gravidade não existisse. Eu esperei por ele até encontrar, ele me aquecia, e era confortável ter ele por perto, até descobrir que quando se escolhe amar, escolhe sofrer também. O amor nunca vem sozinho, ele sempre esta acompanhado, por coisas que o desgastam, e são essas as quais devemos culpar. Humanos, sim humanos colocam defeito em tudo, e eu sou tão humana, nem sempre encontrar amor é encontrar perfeição, e nem sempre amor é como nos livros ou nos filmes. Mas acho que com o amor aprendi muitas coisas, sei que saudade dói quando se ama que solidão é tem inseguranças, e que sofrer por amor fortalece. Perder a fé, não é deixar de sentir, é tentar deixar de acreditar e fracassar, é correr em outros caminhos que não te leve a amar e encontrar apenas amor, é tentar viver em solidão mesmo que ela seja insegura mesmo que não traga benefícios. Amor não é inocente, não é exagerado, não é desgastante, não é um bixo de sete cabeças, amor é só intenso, e tudo que rodeia em volta dele, atinge intensamente. E é por isso que amar é ser feliz intensamente ou viver triste intensamente.

terça-feira, 2 de março de 2010

Queria ter a força para esconder atrás de meu sorriso a tristeza que eu sinto esconder atrás de meus olhas cada decepção da minha vida, queria saber o remedia para que os meus joelhos não enfraquecessem mais, de tanto desgosto e falsidade, ter a força para suportar, e engolir o choro em sego, ter a força de desatar os nós de minha garganta, e de não soluçar de madrugada em minha cama vazia, não demonstrar meus medos, erros e fracassos dessa vida que muitos vezes me levou ao chão, queria ter a força de pensar positivo e que um dia é melhor que o outro, mas nada muda, sou um erro, fracasso perfeito com sentimentos e feridas doentes, que ardem em meu coração, eu queria ser forte e poder superar a falsidade, as mentiras, as minhas culpas e todos os meus obstáculos perigosos, mas não, esta tudo escrito nas feições do meu rosto, em cada pedaço de mim, lágrimas derramam de meus olhos e todos vêem, sou imatura não sei superar, sou uma completa fraca.