Mas eu realmente percebi que não se trata de ser fria ou sensível ou dramática, só se trata daquilo que a vida poderia lhe oferecer naqueles momentos onde você mais espera dela. Não se trata de escolha, e sim da forma que você aceita ver que não tem opção. E é assim que sempre caiu. Porque eu sempre caio? Realmente porque eu não quero seguir pelo caminho mais fácil e fugir do errado. Realmente eu só quero arriscar, colocar a cara pra bater, e não é uma coisa que eu me orgulho. Opção. Eu odeio o jeito de como as coisas tem que ser, sempre tentando me colocar entre a parede, porque eu estou eternamente em uma guerra entre meu coração e minha mente, e então não há muito que fazer. A não ser fingir, fingir que o caminho que sigo é o melhor, que vai ser melhor, que tem que ser melhor. Eu nunca quis ser alguém fria, calculista, egoísta e insensível, e tenho duvidas se esse é mesmo o meu temperamento novo, e o que eu quero dizer, é que não escolhi ser assim, realmente eu queria apenas seguir pelo caminho errado, somente pra saber até onde eu iria com esses jogos infantis. Mas olha onde eu estou. E mesmo depois de tudo isso, não posso me arrepender do meu errado, do meu fracasso e de todos os jogos tolos que fiz, porque quando tudo estava bem eu fui muito feliz, e quando me encontrei na pior, tentando esquecer esses momentos dei-me por conta, de que eram essas as únicas lembranças felizes que tive, e pelo destino ter decidido por mim tive que desistir. E por incrível que pareça eu estou bem, talvez porque tenha escolhido o caminho certo dessa vez, talvez eu não tenha sido nem a metade feliz do que antes, mas eu deixei tudo passar, porque não era uma questão de escolha e sim uma questão de não ter opções. E hoje, inabalavelmente eu seguindo em frente.

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