Já se desfez os estilhaços da granada que você me jogou. E essa dor ainda fura, atravessa, suja meu quarto com recordações. Depois disso me sinto vazia, sem chão, sem cor, sem seu calor. E tudo parece adormecer por um tempo, menos o desejo de te amar de novo. Então eu fecho os olhos, deitada na minha cama, no mesmo lado, no mesmo lugar. Espero a minha respiração voltar. Eu sei que devo continuar seguir em frente sem olhar pra trás. Mas estou presa ao meu passado, junto do teu corpo, junto dos teus olhos. E as lágrimas sem esforço nenhum rolam ao pensar em você, e como se não houvesse saída, tento ser forte. Nem sempre sou, nem sempre fui, e às vezes penso que jamais serei forte o bastante. Mas eu tento. Mais de um ano nessa perdição. Escorregando, andando na contra mão.Você não esta aqui, mas te sinto apertando meu pescoço, tirando meu ar, tentando me matar no meio dessa ilusão. E eu morro aos poucos, ressuscito as poucos, todos os dias. Esse é o preço por te amar demais. Esse é o jogo que não sei jogar. A sorte que vão me roubar. Alias já roubaram, agora são outras em meu lugar. Outras a te desejar. Outras que terão teu amor, teu carinho, teu feitiço. Eu encheria minhas malas com saudades tuas, se saudade fosse solida. Porque o eu e você já está perdido. Só espero que esse amor algum dia morra, antes que ele me mate.
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